Carnes continuam sendo principal pauta exportadora de Santa Catarina em 2024
Movida pela liderança na produção de carne suína e pela diversificação industrial, Santa Catarina registrou alta de 6,6% no
Conforme dados do Ministério da Economia do Governo Federal e do acompanhamento da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), a produção de suínos e aves levou o estado de Santa Catarina a registrar um novo recorde de exportação no último ano, superando 2023 na quantidade exportada (+6,6%) e na movimentação financeira (+3,2%). Trata-se do melhor resultado histórico desde o acompanhamento desses índices iniciado em 1997.
O estado ocupa a segunda colocação nacional, atrás apenas do Paraná, com expressivos 20,4% do volume de carnes exportadas. O desempenho catarinense acompanha a tendência nacional, em que o agronegócio (agricultura e pecuária) representou 25% do PIB nacional (R$ 1,2 trilhão), com destaque para a soja, que responde por 40% da produção global, e para o café, no qual o Brasil lidera mundialmente com 38 milhões de sacas exportadas.
Apesar de desafios para ampliar sua participação no mercado internacional devido às limitações de infraestrutura, especialmente no transporte rodoviário e ferroviário para escoamento da produção e fluxo de insumos, Santa Catarina é líder nacional na produção de carne suína, alcançando faturamento superior a R$ 50 bilhões nesse segmento no último exercício. Os principais compradores foram as Filipinas, a China e o Japão.
Segundo a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), o estado conta com 14 polos internacionais, a segunda maior quantidade do país, ao lado dos vizinhos Rio Grande do Sul e Paraná. A indústria madeireira e moveleira concentra cinco desses polos, localizados nas mesorregiões Oeste, Norte, Vale do Itajaí, Serra e Sul. Já o Nordeste catarinense abriga quatro polos internacionais, nos setores de papel e celulose, máquinas e equipamentos, equipamentos elétricos e madeira e móveis. Os produtos de madeira ocupam a segunda posição no ranking de exportações do estado, atrás apenas das carnes e seguidos pelos motores elétricos e pela soja.
Esses dados revelam que, embora diversificada e com especificidades regionais, a indústria catarinense ainda concentra suas exportações em produtos de baixo valor agregado e baixa complexidade tecnológica. Contudo, em 2024, espera-se que o PIB de Santa Catarina registre crescimento acima da média nacional — até outubro, a economia do estado havia crescido 5,5%, enquanto o crescimento do Brasil foi de 3,7%.