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Lula amplia comunicação com a sociedade e exalta novo período do governo 

Na mais recente coletiva à imprensa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deixou claro que 2026 ainda

Lula amplia comunicação com a sociedade e exalta novo período do governo 

Na mais recente coletiva à imprensa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deixou claro que 2026 ainda está longe, mas sua estratégia para manter a competitividade política está em curso: entregas concretas. No centro do discurso, um misto de autoconfiança e pragmatismo, com a defesa de políticas públicas que prometem crescimento econômico e inclusão social.

Ao abordar as críticas de antigos aliados sobre a gestão econômica, Lula adotou um tom de respeito, mas não recuou. Pelo contrário, exaltou os avanços comandados pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e destacou o equilíbrio fiscal e a ausência de déficit – um feito que, segundo ele, só não foi superavitário devido à tragédia ambiental no Rio Grande do Sul. A promessa de um PAC de R$ 1,8 trilhão como alicerce do desenvolvimento nacional reforça essa visão.

A autonomia do Banco Central foi reiterada, e o presidente se mostrou confiante de que, agora, a política monetária será conduzida com mais eficiência e foco no desenvolvimento. A potencial queda dos juros, segundo essa lógica, deve se alinhar à recuperação econômica e ao crescimento do consumo, que já impulsiona os preços da cesta básica. Como solução, aposta no aumento da produção da média e pequena agricultura e na ampliação de instrumentos financeiros para pequenos produtores. Um Brasil autossuficiente e exportador é o cenário que ele quer consolidar – e, para sustentar essa ideia, citou os 300 novos mercados abertos nos últimos dois anos.

Na política externa, a relação com os Estados Unidos com o retorno de Donald Trump será conduzida com “civilidade, respeito e soberania”. Já com a Europa, projeta um bloco comercial que dará ao Brasil um novo salto de desenvolvimento. E, num tom geopolítico mais amplo, posicionou o país como referência para a África na luta contra a pobreza e na estruturação de projetos de desenvolvimento.

Internamente, o presidente manteve a aposta no fortalecimento da renda, assegurando que programas sociais e o salário mínimo continuarão crescendo acima da inflação. O crédito consignado para o setor privado surge como um instrumento adicional para impulsionar investimentos e circulação de renda. Em paralelo, exaltou o ex-presidente Getúlio Vargas e suas conquistas trabalhistas, ecoando a narrativa histórica que sustenta a identidade do  seu governo.

Lula também destacou a importância da comunicação direta com a sociedade e sua boa relação com a imprensa e a mídia. O presidente ressaltou que o governo passa por um novo momento de aproximação com os cidadãos por meio de diversos meios de comunicação, reforçando a transparência e o diálogo constante. Essa estratégia busca consolidar seu legado e ampliar a confiança da população nas ações governamentais.

Por fim, Lula garantiu que os próximos dois anos serão de colheita. O país, segundo ele, estava devastado pelo desmonte estatal promovido nos dois governos anteriores, e qualquer avaliação precipitada do seu mandato ignora o contexto. A meta de eliminar a fome até 2026 é um de seus grandes marcos simbólicos.

O presidente parece saber que a política econômica e a popularidade caminham juntas. Se a colheita será farta como promete, dependerá da capacidade do governo de transformar a realidade como palatável ao povo. Até lá, Lula se mostra um líder que equilibra pragmatismo e otimismo – firmando que, ao final, o Brasil seguirá avançando como foi nos dois primeiros anos do seu terceiro mandato.

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Leonardo Mosimann Estrella

Administrador e jornalista profissional, especialista em marketing, comunicação pública, gestão de crise e gestão de pessoas. Mestre e doutorando em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Socioambiental, com mais de 15 anos de experiência em políticas públicas e concessões. Cursa também Ciências Econômicas e é docente na área de Administração.