Bruno Souza aceita convite de Topázio e será o Secretário de Assistência Social de Florianópolis
Em depoimento exclusivo ao Floripa Discover, o ex-deputado adianta o tom do seu trabalho à frente da pasta Mais
Em depoimento exclusivo ao Floripa Discover, o ex-deputado adianta o tom do seu trabalho à frente da pasta
Mais uma mudança no colegiado de Topázio Neto, que será reconduzido ao cargo de prefeito de Florianópolis em 2025, foi confirmada neste sábado, 21. Bruno Souza, ex-vereador e deputado estadual, aceitou o convite para assumir a Secretaria Municipal de Assistência Social a partir de janeiro. Souza já se despediu de seus colegas na Secretaria de Estado do Meio Ambiente e da Economia Verde, onde ocupava o cargo de secretário adjunto.
Em viagem ao Marrocos, o futuro secretário respondeu questionamentos do Floripa Discover e adianta algumas medidas que pretende tomar na nova função. Confira como foi a conversa:
FD: Qual o seu plano para enfrentar a situação dos moradores de rua em Florianópolis?
BS: Não estão todos nas ruas pelo mesmo motivo. Nós temos pessoas que estão lá por alguma situação momentânea de carência, vulnerabilidade, eventualmente perdeu o emprego… Esse tipo de pessoa em situação de rua é a minoria. Esse é o tipo mais simples de lidar, porque você tem apenas que resolver a situação momentânea da pessoa. Tem outra parte da população em situação de rua que são pessoas, de alguma forma, ligadas com atividades criminosas. Esse é um caso de polícia. Temos que verificar quem tem mandado aberto, ir atrás, dar os procedimentos para quem está devendo para a justiça. E existe uma grande maioria de pessoas em situação de rua que estão ali por dependência química.
FD: Além dos moradores de rua, que outros projetos na área você considera que serão importantes na sua gestão como secretário?
BS: A Secretaria de Assistência Social tem um público muito maior que as pessoas em situação de rua. Nós temos idosos, crianças, pessoas em situação de vulnerabilidade que não estão nas ruas… O que eu pretendo fazer é um belo levantamento e avaliação de cada um dos programas ofertados pela secretaria e entender os resultados. Entender qual merece o melhor investimento e atenção e qual está deixando a desejar. A ênfase deve ser destinada a programas com melhores resultados. Logo no início esse levantamento será feito. Afinal, estamos lidando com o dinheiro do pagador de impostos. Não podemos simplesmente tirar dinheiro do pagador de impostos e gastar sem nenhum critério.
FD: Que mensagem o senhor teria para os comerciantes e moradores do centro, que são os que mais sofrem com os moradores de rua atualmente?
BS: Eu entendo a frustração e a ansiedade deles. Sinto o mesmo. A prefeitura e a secretaria não podem fazer políticas públicas apenas voltadas para as pessoas em situação de rua. Temos que ter em consideração sempre as pessoas que estão vivendo, trabalhando e empreendendo, sem perturbar a vida de ninguém, molestar ninguém, vivendo tranquilamente dentro da lei e que não querem viver as consequências das decisões erradas que outras pessoas tomaram na vida. Por isso penso que a cidade tem que investir mais em combater a desordem urbana, aumentar as exigências de posturas de convivência. Os espaços públicos precisam ser públicos, não podem ser apropriados por indivíduos para usos inadequados. Precisamos ter regramentos mais duros para o uso do espaço público para que a ordem prevaleça e o agente público possa aplicar a lei.